Sunday, November 12, 2006


“Quando gritas bem alto, tudo o que ouves é o estridente pedaço azul do céu que junta as nossas bocas num dia qualquer.
Que procuras tu no lodo da tua imaginação? Quem desejas que apareça à tua porta no fim do dia? Estremeces de medo que seja apenas o teu reflexo naquele velho espelho côncavo.

Brilhas dentro de mim, que procuro só a melhor maneira de saber dizer sim ou não. Escrevo na areia palavras apagadas. Procuro sentido, paz. Receio alcançar felicidade sem saber se ela existe.
Nas curvas das tuas rugas encontro o desejo de me encontrar, de me descobrir. Lembram-me folhas rasgadas e vazias de um velho caderno de escola. Pareço deslumbrar uma luz forte, procuro o túnel que não existe à minha volta. Dispenso sentimentos, procuro fluir nas sensações que me transportam para o infinito adeus ou para outro embaraçante final.”

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